Justiça de Portugal mantém prisão de DJ acusada de aliciar mulheres

Justiça de Portugal mantém prisão de DJ acusada de aliciar mulheres

Decisão da Justiça em relação à DJ

A Justiça de Portugal determinou, nesta segunda-feira (7), a prisão preventiva de Regina Episcopo, mais conhecida como DJ Rebeka Episcopo. Ela foi presa no dia 1º de abril, em Lisboa, durante a operação "Last Massage", que apura um esquema de prostituição.

Segundo nota enviada da Polícia de Segurança Pública (PSP) ao Portal iG, além da artista — também chamada de Beka em sua carreira musical — outra brasileira, cuja identidade não foi divulgada, também teve a prisão preventiva decretada.

A ação policial teve como alvo seis pessoas no total. Três delas permanecerão presas, enquanto as outras três deverão comparecer regularmente à Justiça portuguesa.

Investigações e acusações

As investigações apontam que o grupo liderado por Rebeka está envolvido não apenas na exploração sexual de mulheres, mas também em fraudes contra o sistema previdenciário do país. O Portal iG tentou contato com a DJ através do e-mail disponível em seu site oficial, mas não houve resposta até a data de publicação dessa reportagem.

Durante a operação, as autoridades apreenderam aproximadamente 107 mil euros em dinheiro vivo, dois cheques somando 10 mil euros e diversos documentos que, segundo a polícia, comprovam a atividade ilícita do grupo.

A operação segue em andamento e as investigações continuam sob responsabilidade das autoridades portuguesas.

Nota da Polícia de Segurança Pública

Confira a nota de esclarecimento da PSP na íntegra: "O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão de Investigação Criminal, no dia 1 de abril, procedeu ao cumprimento de cinco Mandados de Detenção, oito Mandados de Busca Domiciliária e nove Mandados de Busca Não Domiciliária."

A investigação teve por objeto a prática de crimes de lenocínio agravado e burla tributária à segurança social, tendo-se registado um total de seis pessoas detidas com idades compreendidas entre os 29 e os 57 anos.

De salientar que um dos alvos da investigação é um agente da Polícia de Segurança Pública que actualmente não se encontrava a exercer funções em virtude de estar de baixa prolongada.

Itens apreendidos

Da operação resultou a apreensão de:

  • 1 arma de fogo calibre 22;
  • 2 carregadores;
  • 2 espingardas calibre 12;
  • 32 munições calibre 12;
  • 9 sprays de gás OC;
  • 17 telemóveis;
  • 8 computadores;
  • 3 tablets;
  • 18 dispositivos de armazenamento portátil;
  • 1 sistema de vídeo vigilância;
  • 1 dispositivo portátil de comunicação por rádio.

No que concerne a diligências relacionadas com a criminalidade económica/financeira, foram apreendidos:

  • 107 565 euros em numerário;
  • 2 cartões bancários;
  • 5 terminais de pagamento automático;
  • 2 cheques bancários, com o valor facial de 5000 euros cada.

Foram apreendidos ainda várias dezenas de artigos relacionados com a prática do ilícito criminal de lenocínio, bem como documentação relacionada com a organização/gestão dos estabelecimentos.

No decorrer da operação, foram tomadas declarações presididas pelo Ministério Público - 2ª Secção do DIAP de Lisboa a 10 testemunhas. Os detidos serão apresentados a 1.º interrogatório Judicial, para a consequente aplicação de medidas de coação.