Lupi critica intermediação do INSS entre pensionistas e associações

Proposta de Mudança

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, propôs nesta terça-feira, 29, o fim dos descontos diretos nos benefícios de aposentados e pensionistas. Ele sugeriu que o Congresso elabore uma nova legislação sobre este tema, afirmando que o governo não deveria se envolver na relação entre o trabalhador e uma associação. Durante sua participação em uma audiência na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara, Lupi expressou sua preocupação sobre novas denúncias que podem surgir caso não haja mudanças na atual legislação.

Crítica ao Papel do INSS

Em suas declarações, Lupi questionou: "Qual o papel da previdência de intermediar nesse processo?" Ele argumentou que o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) não deveria assumir essa função, pois existem instituições que podem resolver essas questões diretamente com os beneficiários. O ministro explicou a pressão enfrentada pelo INSS, afirmando: "Se eu sou uma entidade representativa, eu busco testar serviço, busco aposentado e faço a cobrança diária com ele. Faz um boleto, faz um Pix, como diz aqui meu neto sempre: 'Faz um Pix aí, vovô'."

A Defesa dos Aposentados

Lupi enfrentou forte desgaste em consequência das investigações que apontam para um esquema de desvio de recursos destinados a aposentados e pensionistas. Em resposta a um questionamento do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), que levou uma idosa a relatar descontos indevidos em sua aposentadoria, Lupi defendeu sua posição, afirmando que "não tem quem defenda mais aposentado" do que ele. A mulher presente na audiência questionou se os aposentados não mereciam respeito, gerando um debate intenso sobre o tratamento dado aos beneficiários.

Considerações Finais

O ministro também enfatizou a necessidade de se discutir o fim do intermédio do INSS, com a promessa de dialogar com a Casa Civil e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito. Essa proposta visa não apenas a proteção dos aposentados, mas também a reavaliação das práticas atuais que podem prejudicar os beneficiários. A situação evidenciou a necessidade de uma reforma que beneficie realmente aqueles que dependem da previdência social.

Estamos vivendo um momento crucial para a reformulação das relações entre o INSS e seus beneficiários. O debate acerca da intermediação e a proteção dos direitos dos aposentados é mais importante do que nunca. É fundamental que continuemos a acompanhar os desdobramentos dessas propostas e que todos os envolvidos no setor previdenciário se unam para garantir a transparência e a justiça.