Da série 'O mundo não dá voltas, ele capota'. Um breve relato sobre a Lei do retorno

O ciclo implacável da política brasileira expõe a queda de bolsonaristas que antes zombavam da dor alheia e agora enfrentam a Justiça.

Da série 'O mundo não dá voltas, ele capota'. Um breve relato sobre a Lei do retorno

Nos últimos anos, a política brasileira tem sido marcada por reviravoltas dramáticas, onde a Lei do Retorno se revela uma constante inescapável. Todos nós já ouvimos dizer que o que vai, volta; e esta máxima parece ter ganho vida própria na trajetória da parlamentar bolsonarista Carla Zambelli. Anos atrás, Zambelli não hesitou em ridicularizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfrentava momentos de grande dor pessoal, perdendo entes queridos, enquanto estava encarcerado. Naquele cenário, a parlamentar se mostrava desdenhosa, ignorando a profundidade do sofrimento alheio.

O tempo, no entanto, tem um jeito peculiar de inverter papéis. Hoje, Lula é novamente o presidente da República, enquanto Zambelli, que outrora se mostrava altiva, agora carrega a pesada condenação de 10 anos de prisão por envolvimento em atividades ilícitas, incluindo a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ao lado do hacker Walter Delgatti. A ironia do destino não poderia ser mais cruel: a mesma parlamentar que zombou da dor de outros agora se vê na posição de responder por seus atos.

A covardia, marca indelével do  bolsonarismo, se manifesta de forma ainda mais evidente na fuga de Zambelli para os Estados Unidos, seguida de um plano para se estabelecer na Itália, onde possui cidadania. Assim como Eduardo Bolsonaro, que também buscou refúgio fora do Brasil, Zambelli parece ter abandonado a luta e a responsabilidade por seus atos.

A Lei do Retorno se apresenta, portanto, como um princípio implacável, revelando a fragilidade daqueles que se sustentaram em cima da opressão, fake news e desinformação. O povo brasileiro, que antes assistia a essa "corja" bolsonarista exibir poder e prepotência, agora observa com satisfação a derrocada de seus líderes. A expectativa é palpável: a cúpula bolsonarista caminha em direção à prisão, um local que muitos consideram o destino merecido para aqueles que abusaram do poder e traíram a confiança do povo brasileiro.

Creditos: Professor Fábio Andrey