Gilson Machado é preso pela Polícia Federal em operação

Gilson Machado é preso pela Polícia Federal em operação

Gilson Machado e a Operação da PF

Na última sexta-feira, 13 de junho, a Polícia Federal prendeu Gilson Machado, ex-ministro do Turismo no governo de Jair Bolsonaro. Esse evento ocorreu no Recife, e marca mais um capítulo das investigações que envolvem figuras próximas ao ex-presidente.

Durante a mesma operação, o tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, também foi alvo de buscas em Brasília. Chegando à casa do oficial, os policiais estavam munidos de um mandado de prisão, mas foram informados que a detenção havia sido revogada pelo ministro Alexandre de Moraes, segundo a defesa de Cid.

"A prisão foi revogada. Eu estou do lado do Cid", afirmou Cezar Bitencourt, advogado que representa Mauro Cid. O oficial deverá prestar depoimento à Polícia Federal ainda nesta sexta-feira.

Ainda nesta semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) autorizou um pedido da Polícia Federal para investigar Gilson Machado. Essa autorização foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 10 de junho, e se refere às suspeitas de que Machado teria atuado junto ao consulado de Portugal em Recife, no mês anterior, para facilitar a emissão de um passaporte português para Mauro Cid.

De acordo com a PGR, a intenção seria possibilitar a saída de Cid do Brasil. Contudo, as informações indicam que o ex-ministro não obteve sucesso na emissão do documento.

Em declarações feitas no início da semana, Machado negou de forma veemente ter ido a qualquer consulado. Ele explicou que apenas fez contato telefônico com o consulado português em maio para agendar a renovação do passaporte de seu pai, "o qual foi feito após dita solicitação".

Conhecido como o "sanfoneiro" de Bolsonaro, Machado teve uma destacada participação nas lives do ex-presidente e foi presidente da Embratur. Em 2022, tentou se eleger senador por Pernambuco, mas não conseguiu. Recentemente, disputou o cargo de prefeito do Recife em 2024, onde também foi derrotado. Em suas redes sociais, ele se apresenta como veterinário e um cristão conservador, fiel ao seu mentor político, Jair Bolsonaro.

Mauro Cid, por sua vez, informou ao STF que buscava a obtenção do passaporte português desde janeiro de 2023, justificando que sua família já possuía a dupla cidadania reconhecida. Ele iniciou os processos necessários junto à embaixada para adquirir o documento, afirmando que essa tentativa de emissão não tinha relação com as investigações que o ligam a uma tentativa de golpe.