Crânio pré-histórico em formato de cone é descoberto no Irã

Crânio pré-histórico em formato de cone é descoberto no Irã

Descoberta do crânio pré-histórico


Arqueólogos descobriram em um cemitério pré-histórico em Chega Sofla, no oeste do Irã, o crânio de uma jovem que morreu há mais de 6.200 anos em circunstâncias violentas. A ossada apresentava sinais de deformação, em "formato de cone". O estudo, publicado em artigo no International Journal of Osteoarchaeology, revela que a mulher pré-histórica teria sido morta rapidamente por um objeto de bordas largas. Porém, a equipe não sabe se o trauma foi intencional ou um acidente. A descoberta lança luz sobre um possível primeiro sinal da antiga prática de modificação craniana.

Detalhes do sítio arqueológico


O crânio foi encontrado em um sítio arqueológico que tem fósseis datados de 5 mil a.C., conhecido por ser um cemitério pré-histórico de covas particulares e comunitárias. Segundo os pesquisadores, sociedades teriam ocupado a área entre 4700 e 3700 a.C. A equipe escavou este assentamento da Idade do Cobre por mais de uma década, desenterrando casas, ferramentas, cerâmica e, potencialmente, os túmulos de tijolos mais antigos do mundo. De acordo com o artigo, a mulher foi submetida à "bandagem craniana" desde muito jovem. No método, a cabeça de uma criança era enrolada para adquirir um formato alongado, em uma prática cultural de sociedades antigas.

Análise e implicações do golpe fatal


A análise revelou que a jovem tinha menos de 20 anos quando morreu. Usando tomografias computadorizadas, os pesquisadores identificaram uma fratura triangular que se estendia da parte frontal até o osso parietal esquerdo do crânio. A lesão ainda não havia começado a cicatrizar, indicando que ocorreu no momento da morte ou próximo a ele. O impacto provavelmente foi causado por uma ferramenta de lâmina larga, que não penetrou o crânio, mas foi tão forte que o fraturou e causou um ferimento fatal. O golpe fraturou os ossos parietal e frontal esquerdos. As bordas da fratura ainda estavam em contato, e a ausência de remodelação óssea confirma que a lesão foi feita próxima da morte.

Relevância da descoberta para a história da violência


Embora ainda não se saiba se o golpe foi acidental ou intencional, a descoberta pode ajudar a entender mais sobre o trauma e a violência nas sociedades humanas primitivas. Um segundo crânio esmagado encontrado no mesmo local não apresentava sinais de modificação craniana, o que indica que esse tipo de ferimento não se restringia apenas a indivíduos com crânios remodelados. Acredita-se que a jovem tenha sido enterrada junto a outros membros de seu grupo, mas a alta concentração de ossos na área tem dificultado a identificação do restante de seu esqueleto, limitando as informações sobre sua idade, estilo de vida e posição social.

Conclusão


Essas descobertas não apenas revelam informações fascinantes sobre as práticas sociais e culturais da época, mas também oferecem importantes insights sobre os tipos de violência que eram comuns nas sociedades antigas. Convidamos você a deixar sua opinião nos comentários e compartilhar este artigo com amigos interessados em história e arqueologia.