Cerco de 22 horas captura criminoso no RN
11/08/2025, 09:33:03
Cerco de 22 horas em Extremoz
O município de Extremoz, localizado no Rio Grande do Norte, foi o cenário de um cerco policial que se estendeu por impressionantes 22 horas, envolvendo mais de 100 agentes de segurança, com o objetivo de capturar Marcelo Bastos, conhecido como "Pica-Pau", considerado o criminoso mais procurado do estado e líder da facção "Novo Cangaço". As informações foram divulgadas pelo programa Fantástico.
O Confronto
O intenso confronto teve início após uma investigação que localizou um veículo roubado. Quando os policiais chegaram ao local, foram recebidos a tiros, resultando em uma troca de disparos que somou cerca de 3 mil tiros e deixou seis policiais feridos.
A recusa em se render
Após tentativas de negociação para a rendição, Pica-Pau, sua namorada e um comparsa foram mortos no local, que ficou em completa destruição. Marcelo Bastos, com 32 anos, estava na lista do Ministério da Justiça e respondia por graves crimes, incluindo roubos a bancos e veículos de luxo, além de ter pelo menos 14 homicídios em seu histórico registrado em um único mês.
Operação policial detalhada
A operação envolveu equipes da Polícia Civil, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), que já monitoravam o criminoso há algum tempo e buscavam cumprir um mandado de prisão.
Retrospecto do ocorrido
O confronto começou quando os policiais tentaram entrar na residência. Eles foram surpreendidos por disparos e, conforme relatado pelo delegado Celso dos Santos Duarte ao Fantástico, "Derrubamos o portão, informamos que era a polícia, e foi o momento que eles começaram a efetuar os disparos contra os policiais".
Tentativas de negociação
Diversas tentativas de negociação foram feitas pela polícia, inclusive com a presença da irmã do criminoso para intermediar o diálogo. No entanto, Pica-Pau não aceitou se entregar, conforme afirmou o delegado Pablo Dantas Beltrão ao Fantástico: "Não havia intenção nenhuma de se render".
Um confronto histórico
De acordo com a Polícia Federal, esse incidente representa o maior confronto armado já registrado no estado do Rio Grande do Norte. O delegado Joacir Lucena da Rocha enfatizou que, embora a facção não tenha sido completamente extinta, a ação policial conseguiu desarticular o grupo no momento. "Não acabamos com a facção, o crime é algo mais complexo que isso, porém desarticulamos naquele momento", destacou em entrevista.