Polônia neutraliza drone sobre prédios do governo em Varsóvia

Polônia neutraliza drone sobre prédios do governo em Varsóvia

Incidente em Varsóvia

Agentes de segurança neutralizaram um drone sobre prédios governamentais no centro de Varsóvia, capital da Polônia, nesta segunda-feira (15), em meio ao aumento das tensões regionais, após recentes violações do espaço aéreo. A informação é da TVP World, canal de notícias internacional da emissora pública polaca. Segundo a divulgação, o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, após o episódio com o drone, informou nas redes sociais que dois cidadãos bielorrussos foram detidos. "Há pouco, o Serviço de Segurança do Governo neutralizou um drone operando sobre prédios governamentais (Rua Parkowa) e Belweder", publicou Tusk na plataforma X. "A polícia está investigando", completou. O Palácio Belweder é uma das residências oficiais do presidente polonês.

Contexto do Incidente

O incidente ocorreu dias depois que drones russos entraram no espaço aéreo polonês durante uma incursão em larga escala, sem precedentes, na última quarta-feira (10). Essas violações fizeram com que jatos ocidentais abatessem alvos russos pela primeira vez durante o conflito na Ucrânia e alimentaram novos temores em uma região, que está em alerta desde que Moscou iniciou sua guerra em 2022. Tusk alertou na época que as violações foram "o mais perto que estivemos de um conflito aberto desde a Segunda Guerra Mundial".

Área de Exclusão Aérea

A Rua Parkowa, na capital polonesa, local também do incidente de quarta-feira, fica em um bairro que abriga prédios governamentais, o Palácio Belweder e embaixadas estrangeiras. A embaixada russa também fica próxima. A área é designada como zona de exclusão aérea para drones, a menos que os operadores obtenham uma autorização. As violações são puníveis com até cinco anos de prisão, de acordo com o site oficial da Prefeitura de Varsóvia.

Situação de Segurança

Wiesław Szczepański, vice-ministro do Interior, disse que o incidente demonstrava que o Serviço de Segurança do Governo e o Ministério do Interior estavam trabalhando para proteger as instalações governamentais mais importantes do país. "Isso mostra que a Polônia está segura", disse ao Polsat News, um canal de TV privado.

Ação da OTAN

Após a incursão em massa da Rússia no espaço aéreo polonês na semana passada, a OTAN lançou uma nova operação, denominada Eastern Sentry (Sentinela oriental, em português), com o objetivo de reforçar o flanco leste da aliança, particularmente na Polônia. Vários membros da OTAN prometeram apoio, incluindo a República Tcheca, Dinamarca, França, Alemanha e Reino Unido. O Ministério da Defesa britânico anunciou que enviaria jatos militares Typhoon para realizar missões sobre a Polônia, como parte da missão Eastern Sentry.

Reação Internacional

O primeiro-ministro Keir Starmer descreveu o comportamento da Rússia na semana passada como "imprudente" e uma "violação do direito internacional". Ele afirmou que os jatos Typhoon "não foram apenas uma demonstração de força, eles são vitais para dissuadir agressões, garantir a segurança do espaço aéreo da OTAN e proteger nossa segurança nacional e a de nossos aliados". O secretário de Defesa britânico, John Healey, afirmou que as incursões russas na Polônia na semana passada "só servem para fortalecer a unidade da OTAN". "Assim como apoiamos a Ucrânia, apoiaremos nossos aliados poloneses da OTAN diante da agressão russa", acrescentou Healey. O Ministério da Defesa britânico não divulgou quantos caças britânicos participariam da operação Eastern Sentry.