A bancarrota da política sempre existiu — mas sem escândalos dos chorões
01/11/2025, 10:55:52Entre lágrimas ensaiadas e discursos de conveniência, os velhos atores da política tentam transformar seus fracassos em espetáculo público.
A política, desde os tempos mais remotos, sempre teve sua “bancarrota” — aquele grupo de figuras que se apresenta como guardião da moral, mas que, no fundo, vive do espetáculo da conveniência. São os eternos figurantes da história, que mudam de lado conforme o vento sopra e, ainda assim, exigem reconhecimento como se fossem donos da verdade pública.
No entanto, há uma diferença gritante entre o passado e o presente: antes, a bancarrota era discreta em seus tropeços; hoje, ela é barulhenta e lacrimosa. A era dos escândalos dos chorões chegou. São os mesmos que se dizem perseguidos, vítimas, injustiçados — mas que, na prática, estão apenas colhendo o que plantaram no terreno da incoerência.
A política não é espaço para sentimentalismos de ocasião, nem para os que fazem de cada frustração um drama público. Quem nela entra deve ter estômago, coragem e coerência — três virtudes que a bancarrota jamais cultivou. Quando confrontados pelos fatos, apelam para o discurso do ressentimento, choram nas redes sociais e buscam consolo nos bastidores que antes desprezavam.
O Brasil — e Penedo, em especial — não precisa de políticos chorões, mas de homens e mulheres que saibam perder com dignidade e agir com firmeza. O teatro da vitimização já cansou o povo. É hora de diferenciar os que trabalham dos que se lamentam, os que produzem dos que dramatizam.
Porque, no fim, a bancarrota sempre existiu — mas nunca foi tão barulhenta, tão frágil e tão disposta a chorar pelos próprios erros. E quando a lágrima vira estratégia, o riso do povo é a resposta mais sábia.