A política em sua essência: começo, meio e fim de JL
01/11/2025, 10:15:32Não se trata de uma crítica dirigida por emoção, mas sim, por razão dos fatos correlatos. JL nasceu na esperança do povo, foi vereador mais votado, arvorou-se de candidato a prefeito – lhe disse que não seria – chegou avic.-prefeito, e a própria política o tirou de cena.
A política, quando observada em sua essência, revela o destino natural de quem nela entra pela esperança e nela se perde pela ilusão. A história de JL é um exemplo que se escreve por si: começou com o povo, ganhou força nas urnas, acreditou na própria maré e terminou encalhado no refluxo das mesmas águas que o empurraram ao topo.
JL nasceu politicamente da esperança popular. Era o novo, o diferente, a voz que prometia romper com os velhos vícios da política penedense. Foi o vereador mais votado de sua época — um feito que o colocou sob os holofotes e o fez acreditar que a cidade lhe entregava, não apenas o voto, mas o destino.
Mas a política tem seus degraus e seus espelhos. Ao mirar o alto, JL se viu grande demais para o chão que o sustentava. Arvorou-se candidato a prefeito — e, naquela ocasião, lhe foi dito: “não será o seu tempo”. A advertência não era profecia, mas leitura do momento. O palco político, por mais convidativo, exige maturidade, alianças sólidas e compreensão da conjuntura.
Chegou à vice-prefeitura, e por um instante acreditou que o poder dividido seria poder compartilhado. Ledo engano. A vice, como se sabe, é um cargo que vive da sombra: útil quando convém, esquecido quando não serve. JL experimentou o gosto amargo de ser lembrado como coadjuvante, mesmo quando desejava o protagonismo.
E foi a própria política — essa máquina que acolhe e depois descarta — quem o tirou de cena. Não precisou de inimigos externos; bastou o rolo compressor dos acordos, dos interesses e dos que não suportam quem não se curva.
Hoje, o nome de JL é lembrado mais como um retrato de uma oportunidade perdida do que como um projeto interrompido. Seu começo foi promissor, seu meio foi turbulento, e seu fim, previsível. Não por falta de capacidade, mas talvez por excesso de crença de que a política se move por merecimento — quando, na verdade, ela se move por circunstância.
A política em sua essência é isso: um ciclo de ascensão, euforia e esquecimento. JL apenas viveu, em corpo e alma, o roteiro de tantos outros que confundem o aplauso do momento com o legado do tempo.
nas ondas do rádio continua com seguidores, nas urnas não mais.