Governo do RJ identifica mortos em operação contra o CV

Governo do RJ identifica mortos em operação contra o CV

Introdução à operação

Na última sexta-feira (31), o governo do Rio de Janeiro revelou em coletiva que 99 suspeitos mortos na megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão foram identificados. O secretário de Polícia Civil do Rio, delegado Felipe Curi, destacou que, no total, 117 suspeitos perderam a vida durante a ação policial.

Objetivos da operação

A operação, batizada de Operação Contenção, teve como objetivo desmantelar o avanço territorial do Comando Vermelho (CV). Além do número alarmante de mortos, a operação resultou na prisão de 113 suspeitos, com um total de 40 indivíduos sendo de outros estados e 10 adolescentes apreendidos. É importante destacar que 54 dos detidos possuíam registros criminais.

Identificação dos mortos

Entre os 99 mortos já identificados, 42 deles tinham mandados de prisão pendentes, e 78 apresentavam um histórico criminal relevante. Durante a coletiva, Curi não hesitou em classificar a organização criminosa: “Não podemos mais tratar essa organização como facção criminosa, é preciso chamá-la pelo nome: são narcoterroristas”.

Principais alvos e resultados

O governo também começou a revelar os nomes de algumas das figuras de destaque entre os mortos, como Russo, chefe do tráfico em Vitória; Chico Rato, que dominava o tráfico em Manaus; Mazola, chefe do tráfico em Feira de Santana; e Fernando Henrique dos Santos, que liderava o tráfico em Goiás.

A polícia detalhou também a origem dos 40 suspeitos mortos, que faziam parte da estrutura do Comando Vermelho. Esses indivíduos eram provenientes de diversos estados, incluindo 13 do Pará, sete do Amazonas, seis da Bahia e outros de Ceará e Goiás.

Balanço e repercussão

Anteriormente à coletiva, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), havia compartilhado em suas redes sociais um balanço inicial das investigações sobre os mortos na operação. De acordo com suas informações, 59 dos suspeitos mortos foram identificados e todos possuíam histórico criminal.

Contexto da megaoperação

A ação policial, que envolveu 2.500 agentes das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha, representa um marco na luta contra o crime organizado no estado. Com início nas primeiras horas do dia e se estendendo até o anoitecer, o saldo trágico totalizou 121 mortes, sendo 117 de suspeitos e quatro policiais. Os números ainda incluem 113 prisões e a apreensão de 91 fuzis e uma tonelada de drogas.

Um dos principais alvos, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, conseguiu escapar. Ele é considerado o maior chefe do CV que ainda está em liberdade.

Considerações finais

Essa foi a operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro e suas consequências reverberaram em escala global. A situação permanece em atualização, com novas informações sendo divulgadas.