Trump desmente planos de ataques na Venezuela por EUA
03/11/2025, 00:30:52Trump nega planos de ataques na Venezuela
Na última sexta-feira (31), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, refutou relatos sobre a possibilidade de ataques dentro da Venezuela. A declaração foi feita em resposta a questionamentos de repórteres, em meio a informações que sugeriam que os Estados Unidos estariam considerando expandir sua campanha de combate ao tráfico de drogas na região. Desde o mês passado, as forças militares dos EUA estão ativas no Caribe, realizando operações com caças, navios de guerra e um contingente significativo de soldados.
A presença militar norte-americana está prestes a aumentar ainda mais com a chegada do grupo de ataque do porta-aviões Gerald Ford, que está agendada para as próximas semanas. Desde o início de setembro, o governo Trump já realizou pelo menos 14 ataques a pequenas embarcações no Caribe e no Pacífico, resultando na morte de dezenas de pessoas. Essas operações têm como foco a suposta luta contra traficantes de drogas.
Em sua declaração, Trump também reconheceu que autorizou a CIA a realizar operações secretas na Venezuela, somando mais uma camada à complexa relação entre os dois países. A resposta do presidente foi especialmente relevante após a publicação de uma matéria pelo Wall Street Journal, que sugeria que os EUA estavam considerando atacar instalações militares na Venezuela, supostamente utilizadas para o tráfico de drogas.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que enfrenta acusações de tráfico de drogas e corrupção, reagiu afirmando que Trump estaria buscando promover uma mudança de regime em seu país. No cenário político venezuelano, existem divisões internas quanto à resposta dos EUA: um grupo, liderado pela vencedora do Prêmio Nobel da Paz, María Corina Machado, alinha-se com Trump, defendendo que Maduro constitui uma ameaça direta à segurança nacional. No entanto, outro grupo, liderado por Henrique Capriles, que já se candidatou à presidência em duas ocasiões, se opõe à intervenção militar norte-americana e preconiza o retorno às negociações com o governo Maduro, apesar dos resultados insatisfatórios das discussões anteriores.