A operação policial no Rio de Janeiro continua firme
11/11/2025, 11:17:31A continuidade da operação policial no RJ
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, afirmou que "não vai haver território no Rio de Janeiro onde as forças policiais não vão poder deixar de entrar". A declaração foi feita em resposta ao jornalista Marcelo Godoy, do Estado de S. Paulo, ao comentar sobre as armas utilizadas na operação realizada em 28 de outubro e que ainda permanecem nas mãos de criminosos.
Santos defendeu a ação, afirmando: "Não acho que seja falha. A operação continua. A operação é uma operação permanente do estado do Rio de Janeiro. Esses criminosos estão sendo monitorados. Isso não vai parar. Não vai haver território no Rio de Janeiro onde as forças policiais não vão poder deixar de entrar. É uma promessa".
Amegaoperação contra o Comando Vermelho
A operação, que teve como alvo o Comando Vermelho, resultou na morte de 121 pessoas, incluindo quatro policiais. O planejamento para a ação foi realizado ao longo de dois meses. Segundo Santos, a retirada dos corpos estava programada para ocorrer apenas na manhã seguinte ao confronto, nos complexos da Penha e do Alemão.
“O planejamento da ação foi feito por 60 dias. Existem situações que acontecem no terreno que mudam o planejamento, mas a maioria do que aconteceu estava previsível”, explicou. “O planejamento era voltar no dia seguinte, amanhecendo, e conseguir identificar os corpos. À noite, não é razoável pedir para um policial ligar uma lanterna para procurar um criminoso baleado, ou ele vai ser alvo de tiro”, completou.
Impacto da operação
Victor dos Santos também classificou a operação como um marco na repressão à facção. Ele afirmou que "a operação foi um sucesso. Foi o maior baque que o Comando Vermelho sofreu em um único dia, com repercussão nacional". O secretário destacou que 42% dos criminosos identificados pertenciam ao núcleo duro das facções e eram desconhecidos da Justiça.
Projetos de lei e endurecimento das punições
Além disso, Santos comentou sobre os projetos de lei em discussão no Congresso Nacional, que visam equiparar os crimes de facções e milícias ao terrorismo. Ele manifestou ser a favor do endurecimento das punições, mas sem equiparar diretamente as organizações criminosas a grupos terroristas.
“Sou a favor de alongar um pouco mais sobre o tipo penal previsto na lei antiterror. O que as facções fazem dentro da comunidade são atrocidades. Não é transformar o Comando Vermelho em uma organização terrorista, são coisas distintas”, afirmou.