Almir Explosão, ídolo do CSA, faleceu aos 72 anos

Almir Explosão, ídolo do CSA, faleceu aos 72 anos

Ídolo do CSA, Almir Explosão morre em Campina Grande aos 72 anos

Atacante defendeu o time alagoano em três temporadas e também vestiu as camisas de Santa Cruz, Ferroviário, Nacional-AM, CRB e Treze.

Ídolo do CSA, Almir Explosão morreu na tarde de sexta-feira, aos 72 anos, em Campina Grande, na Paraíba. Ele foi diagnosticado com Alzheimer e não resistiu à evolução da doença, sendo sepultado no último sábado, na cidade do Congo-PB.

Almir do CSA: uma história de pai e filho, do futebol e de suas escolhas
Almir Vieira Chagas nasceu em Petrópolis, no Rio de Janeiro, treinou no Fluminense, de Rivellino, e jogou no CSA na década de 1970. Ele ganhou destaque com a camisa azulina em 1976, 1977 e 1979, fazendo gols e jogadas marcantes, e logo virou uma referência para a torcida: o Diabo Loiro do Estádio Rei Pelé.

— Almir fez dos gramados alagoanos suas quadras de Petrópolis e passou a enfileirar gols a partir do momento em que pôs os pés na terra em que nasceu Zagallo. Foram 17 no estadual de 1976, o primeiro disputado pelo novo clube. No Brasileiro, mais dois - o que o deixou no topo da artilharia da equipe na competição — lembrou Tébaro Schmidt, filho de Almir, e acrescentou:

— Já de volta ao CSA no final de 1977, ele marcou mais seis vezes no Brasileirão, novamente mais do que qualquer companheiro de equipe na competição. Com oito gols no total, Almir ocupa o posto de quarto maior artilheiro do clube alagoano na história da Série A do Brasileiro. Está atrás apenas de Ênio Oliveira, com 12; e da dupla Zé Carlos e Rômel, ambos com 11.

Em 1979, de volta ao CSA, Almir recusou uma proposta do Flamengo porque gostava de Alagoas e torcia pelo Botafogo.

— O Flamengo o abordou em meados de 79, período em que o Rubro-Negro aparava as arestas do elenco que viria a ser campeão de tudo nos anos seguintes. O convite, dada a conjuntura, era para ser o Nunes daquele time. Mas como "estava bem" no CSA, e seu sonho na verdade era jogar pelo Botafogo, um dos maiores rivais, Almir disse "não".

Almir defendeu também o Santa Cruz, o Ferroviário, o CRB, rival do CSA, o Nacional-AM, e o Treze, encerrando a carreira em 1988, após algumas cirurgias nos joelhos.

O ex-jogador vivia em Campina Grande desde janeiro de 2023.