Governo Espanhol Enfrenta Votação Decisiva no Congresso
O governo liderado por Pedro Sánchez se prepara para uma votação crucial no Congresso esta semana, com a expectativa de não conseguir apoio suficiente. A ministra da Fazenda, María Jesús Montero, afirmou que o governo já considera a votação da senda de estabilidade perdida devido ao posicionamento adverso de partidos como Podemos e Junts, que, junto com Compromís, já manifestaram publicamente sua intenção de não apoiar a proposta.Diálogo Sucateado entre Governos e Partidos
Ao longo da manhã, novas composições políticas se juntaram à resistência liderada por Junts. Podemos, sob a liderança de Ione Belarra, e a deputada de Compromís, Àgueda Micó, declararam que não irão apoiar a senda de estabilidade proposta pelo governo. Este passo é considerado essencial para viabilizar a apresentação dos orçamentos no Congresso. A situação atual é cada vez mais complicada, especialmente com os casos de corrupção que atingem figuras socialistas proeminentes, somando uma pressão maior sobre o governo.Aumento do Techo de Gastos e Respostas de Partidos
Na última semana, o governo aprovou um aumento de 8,5% no teto de gastos não financeiros para 2026, elevando o montante para 216.177 milhões de euros. Apesar disso, a expectativa de abstenção por parte de Podemos era quase certa, já que o partido alertou para sua ligação com as negociações orçamentárias. Belarra enfatizou as exigências do partido, que incluem a reversão do aumento do gasto militar e um enfoque em educação e saúde pública.Linhas Vermelhas de Compromís
Por sua vez, Micó deixou claro que sua aprovação dependerá de compromissos que favoreçam a sua região. Sua proposta sugere uma diferenciação do teto de déficit baseado na situação de financiamento de cada comunidade, o que incluiria percentuais diferentes para inteirar as necessidades específicas de cada locality, enfatizando que sem essas garantias, o voto dela não será positivo.Reações da Oposição à Proposta do Governo
Além disso, o governo enfrenta oposição de partidos de direita, como o PP e Vox. A porta-voz do PP, Ester Muñoz, questionou a probabilidade de apoio da sua legenda, enquanto a representante de Vox, Pepa Millán, antecipou a rejeição ao plano, alegando que se trata de uma estratégia de propaganda e que trará maior carga tributária aos cidadãos. Millán criticou a proposta, afirmando que o governo não pode prometer reduzir o déficit ao mesmo tempo que aumenta o teto de gastos.