Festival da Consciência Negra é realizado em Penedo

Festival da Consciência Negra é realizado em Penedo

Festival da Consciência Negra em Penedo

A Prefeitura de Penedo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SEMASDH), realizou na noite desta terça-feira, 25, o Festival da Consciência Negra. Com articulação do CRAS do Oiteiro – como a comunidade remanescente quilombola é mais conhecida –, as atividades celebraram a resistência histórica e a contribuição da população negra para a formação cultural, social e econômica do país.

A secretária Ana Teresa Lopes (SEMASDH) prestigiou o festival que também apresentou parte dos trabalhos desenvolvidos no Centro de Referência em Assistência Social. “Além das apresentações artísticas e culturais, o Festival da Consciência Negra é uma oportunidade de mostrar ao público em geral o que as crianças e as mulheres assistidas no CRAS Senhor do Bonfim produziram”, destacou Ana Teresa sobre as peças expostas nas barracas, todas relacionadas com a cultura de matriz africana.

A herança afro também é preservada nas apresentações artísticas, da capoeira ao maculelê do Grupo Mandigueiro (Mestre Bentinho) ao coco de roda da Asssociação Quilombola do Tabuleiro dos Negros, comunidade também representada por meninas, as Quilombolinhas. O festival teve ainda apresentação de grupo de canto coral, do grupo Castro Alves e das Empoderadas do CRAS Senhor do Bonfim e o carimbó das mulheres do povoado Ponta Mofina.

“Estamos reafirmando a nossa história, a nossa identidade e o compromisso permanente com a igualdade, a dignidade e os direitos de todas as pessoas negras. Que este encontro seja um espaço de acolhimento, de troca, de aprendizado e de fortalecimento. Que possamos ouvir, sentir e nos inspirar com as histórias, as lutas e as conquistas que aqui serão compartilhadas”, disse Joice Cristina Ferreira, coordenadora do CRAS Senhor do Bonfim.

Para o representante da ONG Oiteiro do Quilombo, Lucimar da Purificação, destacou que novembro é um mês importante para não só para os negros do Brasil, mas para toda a população, frisando que a escravidão durou 400 anos no Brasil. “A ideia desses eventos é chamar a atenção para combatermos todo tipo de preconceito, todo tipo de violência. É preciso que nós possamos dizer não a todo tipo de racismo”. Nós sabemos que, em nosso país, ainda há vários tipos de situações contra negros, indígenas, ciganos e outros grupos minoritários que lutam contra o preconceito e, principalmente, pela falta de oportunidades, ressaltou o líder da ONG que promoveu, com apoio da Prefeitura de Penedo, uma grande mobilização no dia 19 de novembro, véspera do Dia da Consciência Negra.

Portanto, além de valorizar as lutas do povo negro, o festival no Oiteiro resgata o legado de força para o presente, mirando um futuro onde o respeito e a valorização da diversidade sejam a regra, e não a exceção.