Entorno da Praça Alberto Menezes sendo asfaltado

O asfalto que começa a tomar forma no entorno da Praça Alberto Menezes não é apenas mais uma obra urbana; é um gesto simbólico que

 revela o quanto o centro de uma cidade expressa, com clareza, o pensamento de quem governa. Praças são corações pulsantes — e quando o coração está bem cuidado, iluminado e acessível, a cidade inteira respira melhor.

O novo asfaltamento traz consigo uma leitura política evidente: há um esforço para reorganizar a imagem urbana, melhorar a mobilidade e preparar o espaço público para novas experiências. É, ao mesmo tempo, uma resposta às demandas históricas dos moradores e um aceno para o futuro. Obras em áreas centrais sempre carregam esse duplo significado: atender o agora enquanto se projeta o amanhã.

No entanto, este tipo de intervenção também nos convida à reflexão. A Praça Alberto Menezes é mais que um ponto de passagem — é memória, convivência, identidade urbana. Asfalto é essencial, mas não pode ser visto como fim em si mesmo. O entorno pede, além de pavimentação, manutenção permanente, segurança, arborização e políticas que estimulem a circulação de pessoas. Sem esses complementos, o asfalto se torna apenas uma camada nova escondendo problemas antigos.

Por isso, acompanhar o processo com senso crítico é indispensável. O asfaltamento pode marcar um avanço na infraestrutura da região, mas seu verdadeiro valor será medido pelo impacto na vida dos cidadãos: menos buracos, mais fluxo, mais uso da praça, mais cuidado público. A obra é o primeiro passo — o desafio, como sempre, é transformar melhoria física em qualidade de vida real.