Tudo ou Nada: TRE/AL Decide na Segunda, 01/12, Destinos de Rymes Lessa e Carlos Ronalsa

A política alagoana vive, mais uma vez, uma segunda-feira de respiração presa. No dia 01/12, o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas julgará o destino de Rymes Lessa, em um daqueles momentos em que o relógio parece acelerar para uns e parar para outros. É o clássico “tudo ou nada”: ou o político mantém seu espaço, influência e futuro, ou vê sua trajetória sofrer uma inflexão capaz de redesenhar cenários locais e regionais.

Rymes Lessa chega a esse julgamento sob a tensão típica de quem disputa não apenas uma decisão jurídica, mas também um veredito político. Quando o TRE entra em cena, não analisa apenas fatos, documentos e processos. Analisa também o peso simbólico de seu voto: sinaliza ao eleitor, ao sistema político e aos concorrentes qual é o limite tolerável entre o permitido e o irregular. A justiça eleitoral, quando decide, não o faz apenas para o presente — ela traça fronteiras para o futuro.

O caso em torno de Rymes, que já ganhou as ruas, os bastidores e os corredores de poder, não é apenas sobre um mandato ou uma candidatura. É sobre a credibilidade das instituições e a leitura que o povo fará da decisão. Se for absolvido, surgirá fortalecido, com o discurso de perseguição vencida e direito restabelecido. Se for condenado, abre-se um vácuo político que certamente será disputado centímetro por centímetro por quem já observa, de longe ou de perto, o desfecho.

Na prática, a segunda-feira será uma síntese de algo maior: o choque entre narrativa e fato, entre política e justiça, entre expectativa e realidade. O TRE/AL, mais uma vez, carrega nos ombros a responsabilidade de estabilizar um ambiente onde cada decisão reverbera além dos autos. E para Rymes Lessa, não há meio-termo: ou ele sai do tribunal com o horizonte aberto ou com a página virada antes do previsto. É o dia do tudo ou nada — e Alagoas estará olhando.