Família processa Royal Caribbean por morte em cruzeiro
10/12/2025, 09:08:38Introdução ao Caso
A família de um hóspede da Royal Caribbean International que faleceu a bordo de um navio da companhia em dezembro de 2024 entrou com uma ação judicial contra a empresa. Michael Virgil, de 35 anos, morreu durante um cruzeiro entre Los Angeles, nos Estados Unidos, e o México. Ele estava acompanhado da noiva, Connie Aguilar, de seu filho e outros familiares.
Acusações de Negligência
A ação foi apresentada no Distrito Sul da Flórida em nome do espólio de Virgil, que acusa a companhia de negligência. Segundo a denúncia, Michael foi servido com mais de 33 bebidas alcoólicas no dia de sua morte. Após o consumo excessivo, ele teria se perdido ao tentar retornar para sua cabine.
Comportamento Agitado e Intervenção da Tripulação
A família alegou que a empresa falhou em monitorar o consumo excessivo de bebidas pelo passageiro. Ele foi abordado por seguranças e outros membros da tripulação ao apresentar comportamento agitado, sendo imobilizado até que parasse de se mover. Relatos indicam que ele teria agredido dois membros da tripulação. Durante a intervenção, foi utilizado spray de pimenta e haloperidol, uma medicação que controla surtos de agitação e comportamento agressivo.
Resultados da Investigação
O laudo do Instituto Médico Legal do Condado de Los Angeles classificou a morte como homicídio, atribuindo a causa a “efeitos combinados de asfixia mecânica, obesidade, cardiomegalia e intoxicação por álcool”. A ação judicial acusa a Royal Caribbean de “quebrar seu dever de cuidado razoável” ao permitir o consumo excessivo e ao não contratar funcionários qualificados para lidar com situações críticas.
Declarações da Família e da Empresa
Em entrevista ao USA Today, Kevin Haynes, advogado da família, declarou que “a família de Michael sofreu uma dor inimaginável causada pela Royal Caribbean, uma mega companhia que prioriza o lucro em detrimento da segurança dos passageiros”. Em resposta, a Royal Caribbean afirmou em nota: “Ficamos entristecidos com o falecimento de um de nossos hóspedes, colaboramos com as autoridades na investigação e não comentaremos mais sobre litígios em andamento.”
Conclusão e Convite à Reflexão
O processo judicial pede julgamento com júri e indenização, destacando a importância de discutir a segurança e a responsabilidade das empresas de cruzeiros. Este caso nos convida a refletir sobre as medidas que devem ser tomadas para garantir a segurança dos passageiros em situações como essa.