O impacto das redes sociais na proliferação das fake news

A necessidade de filtragem e curiosidade em tempos de desinformação

O impacto das redes sociais na proliferação das fake news

As redes sociais têm se tornado um terreno fértil para a disseminação de informações e inverdades. A responsabilidade de filtrar o que consumimos recai sobre nós. Em meio a essa avalanche de dados, é crucial desenvolver um olhar crítico e curioso, especialmente quando se trata de notícias que podem afetar a imagem de pessoas e instituições.

Recentemente, uma mensagem circulou em uma das plataformas sociais, atacando o novo livro do Ministro da Fazenda, intitulado "Capitalismo Superindustrial". A publicação questiona a credibilidade do autor, alegando que ele teria uma formação inadequada e que sua obra não passaria de uma tentativa de ludibriar o povo brasileiro. A mensagem dizia: "o cara estudou 2 meses no cursinho de economia, ainda filou dos colegas pra fazer uma prova, afundou o país em dívidas, e tá vendendo um livro de economia. Quem quiser ir à falência é só comprar."

Entretanto, é fundamental esclarecer que o livro não se propõe a discutir economia de maneira simplista. Haddad, que possui um currículo acadêmico robusto — bacharel em Direito, mestre em Economia e doutor em Filosofia pela USP —, apresenta uma obra que busca conectar debates históricos e contemporâneos sobre o capitalismo global, desigualdade e a ascensão da China como potência econômica.

Desse modo, a crítica a Haddad revela não apenas a falta de entendimento sobre o conteúdo do livro, mas também um fenômeno comum: a deturpação da informação. O que se percebe é uma tendência preocupante de aceitar como verdadeiras afirmações infundadas, que circulam sem verificação e que, muitas vezes, têm o intuito claro de deslegitimar figuras públicas.

Não tenho aval para defender quem quer que seja, mas a luta contra a indústria de fake news deve ser combatida, e disso não abro mão.

Creditos: Professor Fábio Andrey