Bolsonaro deixa prisão para cirurgia em hospital em Brasília

Bolsonaro e a Cirurgia no Hospital DF Star

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou na manhã desta quarta-feira (24) a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde cumpre pena por tentativa de golpe de Estado. Ele foi transportado ao hospital DF Star, onde ficará internado para uma cirurgia programada no dia do Natal (25).

Essa cirurgia tem como objetivo a correção de uma hérnia inguinal bilateral, conforme autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Moraes liberou a realização do procedimento na última sexta-feira (19) e concordou com a data solicitada pela defesa do ex-presidente.

Entendendo a Hérnia Inguinal

A hérnia inguinal é uma condição considerada em que um tecido do abdômen se projeta, formando uma protuberância na região da virilha. O cirurgião Claudio Birolini, responsável pela operação, afirmou que, embora o procedimento tenha um nível de complexidade, ele possui um baixo índice de morbidade.

A cirurgia é estimada para durar de 3 a 4 horas, e Bolsonaro deve permanecer internado entre cinco e sete dias, dependendo de sua recuperação.

Segurança e Procedimentos Rigorosos

O despacho de Moraes determina que tanto o transporte quanto a segurança do ex-presidente sejam geridos pela Polícia Federal de forma discreta. O desembarque ocorrerá na garagem do hospital e haverá vigilância rigorosa durante sua estadia, com pelo menos dois policiais federais posicionados em frente ao quarto hospitalar.

Além disso, está proibida a entrada de dispositivos eletrônicos no quarto, como computadores e celulares, exceto equipamentos médicos essenciais. Moraes também autorizou a presença da esposa de Bolsonaro, Michelle, como acompanhante durante todo o período de internação.

Visitas e Acompanhantes Autorizados

As visitas ao ex-presidente poderão ocorrer somente com autorização judicial. A defesa tentou liberar os filhos Carlos e Flávio Bolsonaro como acompanhantes, mas isso ainda não foi decidido. O pedido se deu após uma perícia médica da PF indicar que Bolsonaro necessitava urgentemente realizar a cirurgia eletiva.

O laudo médico foi requisitado pelo próprio Moraes, que negou um pedido de prisão domiciliar com base na saúde do ex-presidente, garantindo que ele está sob custódia em um local próximo ao hospital onde pode receber atendimentos emergenciais.