Governo Lula teme interferência de Trump nas eleições brasileiras

Governo Lula teme interferência de Trump nas eleições brasileiras

Governo Lula teme ação dos EUA em eleições


O governo brasileiro avalia que a 'química' entre Lula e Trump não será suficiente para impedir uma eventual interferência dos Estados Unidos nas eleições brasileiras de 2026. Essa possibilidade é considerada iminente, dada a estratégia já aplicada em eleições anteriores na América Latina, como as da Argentina e de Honduras.

Avaliação do Planalto
Um alto funcionário do governo Lula sugere que a recente mudança na política americana, como a remoção de tarifas sobre produtos brasileiros e sanções da Lei Magnitsky, pode ser vista como um recuo tático de Trump, especialmente após tentativas frustradas de interferir no Brasil. A percepção é de que Trump pode empregar no Brasil as táticas podendo usar um pacote de ajuda financeira como moeda de troca para influenciar resultados.

Exemplos na América Latina
Na eleição da Argentina, por exemplo, Trump condicionou um pacote de ajuda de US$ 20 bilhões ao bom desempenho do partido de Milei. Na Honduras, o apoio aberto de Trump a Nasry “Tito” Asfura foi visto como um fator de interferência, levando a presidente Xiomara Castro a alegar um “golpe eleitoral” devido a essa intromissão.

Estratégias e Preocupações
O governo brasileiro acredita ser necessário desenvolver estratégias para neutralizar uma possível intervenção americana. A cooperação no combate ao crime transnacional foi uma das medidas recentemente anunciadas. O combate ao narcotráfico tem sido utilizado por Trump como justificativa para ações militares na região, incluindo a realização de ataques no Caribe.

A agenda internacional, segundo o governo, deverá ter um impacto significativo nas eleições brasileiras, com a expectativa de que Trump apoie o candidato da direita, que possua maior alinhamento ideológico com seu governo.

Relações com a Venezuela
O governo do Brasil está em estado de alerta em relação a uma possível intervenção militar dos EUA na Venezuela. Impedir uma ação militar é considerada uma prioridade para o governo, pois um pretexto baseado no combate ao narcotráfico poderia abrir precedentes para futuras intervenções em outros países da América Latina.

Negociações em Andamento
No âmbito das relações bilaterais, Brasil e EUA continuam a dialogar sobre a remoção total das tarifas sobre produtos brasileiros e a restituição de vistos anteriormente revogados. Uma reunião com ministros estava prevista para novembro, mas parece que agora será realizada apenas em janeiro.